“CERVEJA É A PROVA QUE DEUS NOS AMA”
(BENJAMIN FRANKLIN)
Muitos
acreditam que a cerveja tenha nascido no Oriente Médio ou no Egito.
Isso
porque, em meados do século XIX, arqueólogos que escavavam tumbas de faraós
encontraram preservados por séculos em meio a valiosos tesouros em ouro e especiarias,
vasos com resquícios de cevada. Obviamente essas sementes não estavam férteis,
mas a importância do achado e seu valor simbólico para a história são
relevantes.
Historiadores
contam que o homem pré-histórico abandonou a vida nômade ao desenvolver as
primeiras técnicas de agricultura e começou a cultivar grãos. A possibilidade
do cultivo de cereais e seu armazenamento para consumo posterior permitiram a
fixação do homem em grupos.
Os
primeiros campos de cultura de cereais surgiram na Ásia Ocidental por volta do
ano 9000 A.C. Os agricultores primitivos colhiam os grãos e os transformavam em
farinha. Daí surgiu uma lenda que diz que o que fixou o homem foi à necessidade
de produzir pão e cerveja. Existe uma relação diretos entre pão e cerveja, ambos são feitos de grãos, água e
fermento, e apresentam o mesmo valor nutricional – assim como o pão, a cerveja
alimenta e já foi, por isso, chamada de “pão líquido”.
Conhecendo
a sequência das etapas da produção da cerveja, concluímos que é muito provável
que o processo de fabricação da bebida tenha sido descoberto por acaso.
A
primeira etapa da preparação da cerveja consiste em amolecer o amido presente
em cada grão de cereal. Isso é conseguido colocando-se os grãos de molho para
absorver água. A germinação se inicia com a transformação bioquímica do amido
em açúcares. Em seguida é preciso secar o grão para interromper o processo
natural de germinação. A secagem e a torrefação finalizam o processo e dão como
resultado o malte, que traz um gosto
doce aos grãos.
É
bastante razoável que, em alguma ocasião, um grupo de agricultores tenha
armazenado a colheita em vasos, para uso posterior. Uma chuva eventual tratou
de umedecer a porção que, em seguida, deve ter sido colocada para secar.
A
etapa seguinte da preparação da cerveja consiste em fazer uma espécie de sopa
desses grãos umedecidos e secos (malte verde).
Se
essa sopa for abandonada, será atacada por micro-organismos presentes na
atmosfera, o que dará início a um processo de fermentação. A fermentação dessa
sopa produz álcool a partir do açúcar.
Eis a Cerveja!!!
É
possível que isso tenha acontecido de fato. Os registros existentes são
desenhos rupestres, símbolos primitivos que representam a fabricação de uma
bebida semelhante à cerveja.
Antes
do surgimento da escrita, aproximadamente 4 mil anos antes de Cristo,
encontramos registros tanto em linguagem cuneiforme quanto em hieróglifos.
Muitos
indícios nos levam a crer que, à época em que o homem começou a construir
cidades, por volta de 6.000 A.C., a fabricação de cerveja já era uma atividade
bem estabelecida e organizada. Os documentos mais antigos já encontrados estão
repletos de símbolos da cerveja como mercadoria e moeda de troca.
O
império Mesopotâmico, que sucedeu o Sumério, nos deixou vários sinais da
importância social da cerveja, particularmente o Código de Hamurábi, escrito
por volta de 1730 a.C. Um dos artigos desse código previa o afogamento do
cervejeiro em sua própria bebida, caso ela fosse intragável. Outro artigo estabelecia
a pena de morte para os sacerdotes encontrados em bares. Também determinava que
o pagamento pela venda de cerveja não poderia ser em dinheiro, mas apenas em
grãos de cereais.
Fonte: Larousse da Cerveja, Ronaldo
Morado
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