terça-feira, 26 de janeiro de 2016

História da Cerveja



“CERVEJA É A PROVA QUE DEUS NOS AMA”
(BENJAMIN FRANKLIN)

Muitos acreditam que a cerveja tenha nascido no Oriente Médio ou no Egito. 

Isso porque, em meados do século XIX, arqueólogos que escavavam tumbas de faraós encontraram preservados por séculos em meio  a valiosos tesouros em ouro e especiarias, vasos com resquícios de cevada. Obviamente essas sementes não estavam férteis, mas a importância do achado e seu valor simbólico para a história são relevantes.

Historiadores contam que o homem pré-histórico abandonou a vida nômade ao desenvolver as primeiras técnicas de agricultura e começou a cultivar grãos. A possibilidade do cultivo de cereais e seu armazenamento para consumo posterior permitiram a fixação do homem em grupos.

Os primeiros campos de cultura de cereais surgiram na Ásia Ocidental por volta do ano 9000 A.C. Os agricultores primitivos colhiam os grãos e os transformavam em farinha. Daí surgiu uma lenda que diz que o que fixou o homem foi à necessidade de produzir pão e cerveja. Existe uma relação diretos entre pão e  cerveja, ambos são feitos de grãos, água e fermento, e apresentam o mesmo valor nutricional – assim como o pão, a cerveja alimenta e já foi, por isso, chamada de “pão líquido”.



Conhecendo a sequência das etapas da produção da cerveja, concluímos que é muito provável que o processo de fabricação da bebida tenha sido descoberto por acaso.

A primeira etapa da preparação da cerveja consiste em amolecer o amido presente em cada grão de cereal. Isso é conseguido colocando-se os grãos de molho para absorver água. A germinação se inicia com a transformação bioquímica do amido em açúcares. Em seguida é preciso secar o grão para interromper o processo natural de germinação. A secagem e a torrefação finalizam o processo e dão como  resultado o malte, que traz um gosto doce aos grãos.

É bastante razoável que, em alguma ocasião, um grupo de agricultores tenha armazenado a colheita em vasos, para uso posterior. Uma chuva eventual tratou de umedecer a porção que, em seguida, deve ter sido colocada para secar.

A etapa seguinte da preparação da cerveja consiste em fazer uma espécie de sopa desses grãos umedecidos e secos (malte verde).

Se essa sopa for abandonada, será atacada por micro-organismos presentes na atmosfera, o que dará início a um processo de fermentação. A fermentação dessa sopa produz álcool a partir do açúcar. 

Eis a Cerveja!!!



É possível que isso tenha acontecido de fato. Os registros existentes são 
desenhos rupestres, símbolos primitivos que representam a fabricação de uma bebida semelhante à cerveja.

Antes do surgimento da escrita, aproximadamente 4 mil anos antes de Cristo, encontramos registros tanto em linguagem cuneiforme quanto em hieróglifos.

Muitos indícios nos levam a crer que, à época em que o homem começou a construir cidades, por volta de 6.000 A.C., a fabricação de cerveja já era uma atividade bem estabelecida e organizada. Os documentos mais antigos já encontrados estão repletos de símbolos da cerveja como mercadoria e moeda de troca.

O império Mesopotâmico, que sucedeu o Sumério, nos deixou vários sinais da importância social da cerveja, particularmente o Código de Hamurábi, escrito por volta de 1730 a.C. Um dos artigos desse código previa o afogamento do cervejeiro em sua própria bebida, caso ela fosse intragável. Outro artigo estabelecia a pena de morte para os sacerdotes encontrados em bares. Também determinava que o pagamento pela venda de cerveja não poderia ser em dinheiro, mas apenas em grãos de cereais.




Fonte: Larousse da Cerveja, Ronaldo Morado

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